MARIA DE NAZARETH

Maria de Nazaré é intitulada no catolicismo Há Dois Mil Anos, publicado em 1939 .Durante o período de gestação de Jesus, César Augusto, imperador  da época, decretou a obrigatoriedade   de  um   recenseamento, que deveria ser realizado nas cidades de origem de cada morador. E como
a família de seu esposo, José, era de Belém, na Judéia, se dirigiram para o local. Os dias foram passando e chegou o momento de Maria dar à luz, obrigando-os a buscarem um lugar para que pudessem repousar. Mas devido a um grande número de forasteiros na cidade, a dificuldade em encontrar vagas nas estalagens era muito grande. Assim, aceitaram como último recurso uma estrebaria, pouso de animais, repleto de palhas. Jesus nasceu em uma manjedoura de uma singela estrebaria de Belém, uma região de pastoreio, o que favorecia a criação de rebanhos e a presença de pastores para as vigílias noturnas. A vibração se tornou tão especial naquela noite, que os pastores puderam sentir no campo o amparo da misericórdia
Divina através da chegada do Pastor Celeste. Cumpridos os oito dias para circuncidar o menino,segundo o mandamento da lei de Moisés, José e Maria o levaram ao Templo em Jerusalém para apresentar o filho ao Senhor. Paralelamente se espalhava a notícia por intermédio de alguns sacerdotes da Pérsia, que haviam chegado do Oriente, de que havia nascido o menino que seria o novo Rei dos Judeus, fato que deixou o rei Herodes extremamente contrariado.
José então recebeu através de um sonho a mensagem de um espírito de luz pedindo para que fugissem para o Egito, pois se seu filho fosse achado seria morto.
Assim procederam, retornando somente após a morte de Herodes.
O novo testamento não relata o período dos 12 anos de Jesus junto a sua família e o início de sua vida pública, aos 30 anos de idade. Questiona-se o que teria ocorrido com Maria nesse tempo, se teria tido outros filhos. Os fatos são muito vagos e permitem diferentes interpretações.

O sofrimento de Maria
Desde que Maria recebera o anúncio do anjo de que daria à luz ao Salvador da humanidade, trinta e três anos se passaram, data da partida do Cristo para o plano espiritual. Muitos fatos aconteceram, mas constam poucos relatos históricos sobre Maria junto a Jesus, até o momento de sua prisão. Apesar do grau de hierarquia espiritual elevada de
Maria de Nazaré, seu coração de mãe recebeu a notícia da prisão de Jesus dada pelo discípulo João, com grande tristeza e dor. Um sofrimento sentido no silêncio de sua resignação.
Inutilmente tentou penetrar o cárcere onde Ele havia sido preso e em oração suplicou que seu filho pudesse se salvar da crucificação. Aos pés da cruz e ao lado de João, amigo inseparável, disse: “Meu filho!
Meu amado filho!”. O Cristo, em um de seus últimos suspiros no corpo, disse-lhes: “Mãe, eis aí teu filho! “E ao apóstolo: “Filho, eis aí tua mãe!”. Maria, apesar do sofrimento materno, compreendeu a vontade de Deus.
Com a partida de Jesus para o plano espiritual, os discípulos se dispersaram na propagação da Boa Nova. Maria retirou-se para a casa de alguns parentes que lhe esperavam na região de Batanéia. Assim, os anos foram correndo, até que João, filho de Zebedeu, lhe ofereceu um refúgio em Èfero (cidade da Lídia, situada na costa ocidental da Ásia menor), para que pudessem ensinar na pequena casa as verdades do Evangelho.
Maria aceitou prontamente o convite e sua choupana tornou-se conhecida como “Casa da Santíssima”.
Desesperados e desenganados do mundo iam até lá para ouvir palavras confortadoras.
O tempo foi passando e já com a idade avançada, a enfermidade fora lhe minando as forças físicas. Certa noite abriu os olhos e viu surgir a sua frente uma luz ofuscante; era seu filho Jesus, que a buscava para a sua nova morada no plano espiritual.
Maria no plano espiritual Há diversas mensagens e descrições sobre as obras de Maria no plano espiritual relatadas em obras psicografadas por Chico Xavier e Yvonne A. Pereira. Existem citações importantes a respeito dos trabalhos sublimes realizados junto aos sofredores e oprimidos  nas esferas umbralinas.
O livro o poder da prece à Maria que diz:

“Mãe Santíssima!
Anjo Tutelar dos náufragos da Terra, compadece te de nós e estende-nos tuas mãos doces e puras! ...
Sabemos que o teu coração compassivo é luz para os que tresmalham nas sombras do crime e amor para todos os que mergulham nos abismos do ódio...
Mãe, atende-nos!
Estrela de nossa vida, arranca-nos da escuridão do vale da morte! ...”.
Mais adiante nas páginas 155-158, André Luiz descreve a sua visita ao santuário Mansão da Esperança, situada em regiões de extrema dor no plano espiritual.
O livro médium Yvonne A. Pereira, pelo espírito de Camilo Cândido Botelho (cognome do suicida e escritor português Camilo Castelo Branco), descreve a tarefa da Legião dos Servos de Maria na ajuda aos suicidas.
Vejamos alguns trechos das descrições citadas na
obra através de Camilo, espírito em sofrimento na época:“Imaginais uma assembléia numerosa de criaturas disformes - homens e mulheres- caracterizada pela alucinação de cada uma, correspondente a casos íntimos, trajando, todos, vestes como que empastadas do lodo das sepulturas, com feições alteradas e doloridas estampando os estigmas de sofrimento cruciantes! Imaginai uma localidade, uma povoação envolvida em densos véus de penumbras, gélida e asfixiante, onde se aglomerassem habitantes de além-túmulo abatidos pelo suicídio, ostentando, cada um, o ferrete infame do gênero de morte escolhido no intento de ludibriar a Lei Divina - que lhes
concedera a vida corporal terrena como precioso ensejo
de progresso, inavaliável instrumento para a permissão de faltas gravosas do pretérito!...
Porém, mesmo em lugar tão terrível, a misericórdia de Deus se manifesta: periodicamente, singular caravana visitava esse antro de sombras. Vinha à procura daqueles dentre nós cujos fluídos vitais arrefecidos pela desintegração completa da matéria, permitissem locomoção para as camadas do invisível intermediário, ou de transição. Supúnhamos tratar-se, a caravana, de um grupo de homens. Mas na realidade eram espíritos que estendiam a fraternidade... Senhoras faziam parte dessa caravana - de Maria.
Entravam aqui e ali, pelo interior das cavernas habitadas, examinando seus ocupantes. Curvavam-se, cheias de piedade, junto das sarjetas, levando aqui e acolá algum desgraçado tombado sob o excesso de sofrimento; retiravam os que apresentassem condições de poderem ser socorridos e colocavam-se em macas conduzidas por varões que se diriam serviçais ou aprendizes”.
Legião dos Servos
O Hospital de Maria de Nazaré
Passaram-se os anos e finalmente Camilo tem condições de ser socorrido e é transferido para o hospital Maria de Nazaré. Vejamos o que ele nos narra: “Depois de algum tempo de marcha, durante o qual tínhamos a impressão de estar vencendo grandes distâncias, vimos que foram descerradas as persianas, facultando nos possibilidade de distinguir no horizonte ainda afastado, severo conjunto de muralhas fortificadas, enquanto pesada fortaleza se elevava impondo respeitabilidade e temor na solidão de que se cercava...
Edifícios soberbos impunham-se à apreciação, apresentando o formoso estilo português clássico, que tanto nos falava à alma. Indivíduos atarefados, neles entravam e deles saiam em afanosa movimentação, todos uniformizados com longos aventais brancos, ostentando
ao peito a cruz azul-celeste ladeada pelas  iniciais: L.S.M.
Dir-se-iam edifícios, ministérios públicos ou departamentos.
Casas residenciais alinhavam-se, graciosas e evocativas na sua estilização nobre e superior, traçando ruas artísticas que se entendiam laqueadas de branco, como que asfaltadas de neve. À frente de um daqueles edifícios parou o comboio e fomos convidados a descer. Sobre o pórtico definia-se sua finalidade em letras visíveis: Departamento de Vigilância.
Tratava-se da sede do Departamento onde seríamos reconhecidos e matriculados pela direção, como internos da Colônia. Daquele momento em diante estaríamos sob a tutela direta de uma das mais importantes agremiações pertencentes à Legião chefiada pelo grande Espírito Maria de Nazaré, ser angélico e sublime que na Terra mereceu a missão honrosa se seguir, como solicitudes maternais, Aquele que foi o redentor dos homens!...
A um e outro lado destacavam-se outras em que setas indicavam o início de novos trajetos, enquanto novas inscrições satisfaziam a curiosidade ou necessidade do viajante: À direita- Manicômio, À esquerda- Isolamento.
Ação e Reação, ditado por André Luiz, mostra Memórias   um Suicida psicografado pela Maria de Nazaré é titulada no catolicismo como “Mãe Santíssima” ou “Virgem aria”,
mas apesar das diferentes nomenclaturas, é ponto comum entre todos de que se trata de um espírito de  alta envergadura espiritual e é referência de socorro aos aflitos. Seu nome é lembrado constantemente diante de muitos leitos de dor. Mães pedem desesperadamente pela salvação de seus filhinhos queridos, outros se colocam de joelhos à espera de um “milagre”.
Cada um a sua maneira roga o consolo necessário que  alente o seu espírito nos momentos mais difíceis.
Na Terra, Maria de Nazaré recebeu como missão gerar em seu ventre aquele que seria o portador da Boa Nova para toda a humanidade e mudaria para sempre o caminho do Planeta. Na verdade, as passagens citadas nos Evangelhos dão uma vaga e remota idéia sobre sua vida, longe de descrever a grandeza de seu papel. Porém, há um fato interessante e que vale ser acrescido. É a descrição física de Jesus e Maria, feita pelo senador romano Públio Lentulus (uma das encarnações do espírito de Emmanuel, relatada no livro  pela Federação Espírita Brasileira). A narração foi deixada em uma carta escrita por Públius endereçada ao imperador romano Tibério César, no tempo de Cristo, e que faz parte dos arquivos da biblioteca daOrdem dos Lazaristas de Roma. Um trecho da carta que cita Maria de Nazaré diz: “Jesus é o mais belo homem que se possa imaginar, muito semelhante à sua mãe, a qual é de uma rara beleza, não se tendo jamais visto por estas partes uma mulher tão bela”.
Não existem relatos históricos a respeito da infância de ria. Sua vida começa a ser contada a partir de seu casamento com o carpinteiro José, ainda na juventude. Conta-se que quando Maria se recolhia para mais uma noite de descanso, subitamente ouviu a voz de um “anjo” de nome Gabriel, anunciando a chegada de um filho que se tornaria o Mestre da humanidade e que receberia o nome de Jesus (Príncipe da Paz). Nascimento de Jesus

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