APÓSTOLOS DE CRISTO E A ÚLTIMA CEIA


APÓSTOLOS DE CRISTO



Pergunta: "Quem eram os doze (12) discípulos/apóstolos de Jesus Cristo?"

Resposta:A palavra “discípulos” se refere a um “aprendiz” ou “seguidor”. A palavra “apóstolo” se refere a “alguém que é enviado”. Enquanto Jesus estava na terra, os doze eram chamados discípulos. Os 12 discípulos seguiram a Jesus Cristo, aprenderam com Ele, e foram treinados por Ele. Após a ressurreição e a ascensão de Jesus, Ele enviou os discípulos ao mundo (Mateus 28:18-20) para que fossem Suas testemunhas. Eles então passaram a ser conhecidos como os doze apóstolos. No entanto, mesmo quando Jesus ainda estava na terra, os termos discípulos e apóstolos eram de certa forma usados alternadamente, enquanto Jesus os treinava e enviava para pregarem.

Os doze discípulos/apóstolos originais estão listados em Mateus 10:2-4: “Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: primeiro, Simão, por sobrenome Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelote, e Judas Iscariotes, que foi quem o traiu”. A Bíblia também lista os 12 discípulos/apóstolos em Marcos 3:16-19 e Lucas 6:13-16. Ao comparar as três passagens, há algumas pequenas diferenças. Aparentemente, Tadeu também era conhecido como “Judas, filho de Tiago” (Lucas 6:16). Simão, o Zelote também era conhecido como Simão, o cananeu. Judas Iscariotes, que traiu Jesus, foi substituído entre os doze apóstolos por Matias (veja Atos 1:20-26). Alguns professores bíblicos vêem Matias como um membro “inválido” para os 12 apóstolos, e acreditam que o apóstolo Paulo foi a escolha de Deus para substituir Judas Iscariotes como o décimo segundo apóstolo.

Os doze discípulos/apóstolos eram homens comuns a quem Deus usou de maneira extraordinária. Entre os 12 estavam pescadores, um coletor de impostos, um revolucionário. Os Evangelhos registram as constantes falhas, dificuldades e dúvidas destes doze homens que seguiam a Jesus Cristo. Após testemunharem a ressurreição e a ascensão de Jesus ao Céu, o Espírito Santo transformou os discípulos/apóstolos em homens poderosos de Deus que “viraram o mundo de cabeça para baixo” (Atos 17:6). Qual foi a mudança? Os 12 apóstolos/discípulos haviam “estado com Jesus” (Atos 4:13). Que o mesmo possa ser dito de nós!


O perfil dos apóstolos
Primeiro, Simão, por sobrenome Pedro

Apóstolo Pedro
Pedro, o príncipe dos apóstolos ( ~ 10 a. C. - 67 )
Discípulo de Jesus nascido em Betsaida, Galiléia, conhecido como o Príncipe dos Apóstolos e tido como fundador da Igreja Cristã em Roma e considerado pela Igreja Católica como seu primeiro Papa. As principais fontes de informação sobre sua vida são os quatro Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), onde aparece com destaque em todas as narrativas evangélicas, os Atos dos Apóstolos, as epístolas de Paulo e as duas epístolas do próprio apóstolo. Filho de Jonas e irmão do apóstolo André, seu nome original era Simão e na época de seu encontro com Cristo morava em Cafarnaum, com a família da mulher (Lc 4,38-39). Pescador, tal como os apóstolos Tiago e João, trabalhava com o irmão e o pai e foi apresentado a Jesus por seu irmão, em Betânia, onde tinha ido conhecer o Cristo, por indicação de João Batista. No primeiro encontro Jesus o chamou de Cefas, que significava pedra, em aramaico, determinando, assim, ser ele o apóstolo escolhido para liderar os primeiros propagadores da fé cristã pelo mundo. Jesus, além de muda-lhe o nome, o escolheu como chefe da cristandade aqui na terra: "E eu te digo: Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus" (Mt. 16: 18-19). Convertido, despontou como líder dos doze apóstolos, foi o primeiro a perceber em Jesus o filho de Deus. Junto com seu irmão e os irmãos Tiago e João Evangelista, fez parte do círculo íntimo de Jesus entre os doze, participando dos mais importante milagres do Mestre sobre a terra. Teve, também, seus momentos controvertidos, como quando usou a espada para defender Jesus e na passagem da tripla negação, e de consagração, pois foi a ele que Cristo apareceu pela primeira vez depois de ressuscitar. Após a Ascensão, presidiu a assembleia dos apóstolos que escolheu Matias para substituir Judas Iscariotes, fez seu primeiro sermão no dia de Pentecostes e peregrinou por várias cidades. Fundou as linhas apostólicas de Antioquia e Síria, as mais antigas sucessões do Cristianismo, precedendo as de Roma em vários anos, que sobrevivem em várias ortodoxias Sírias. Encontrou-se com São Paulo, ou Paulo de Tarso, em Jerusalém, e apoiou a iniciativa deste, de incluir os não judeus na fé cristã, sem obrigá-los a participarem dos rituais de iniciação judaica. Após esse encontro, foi preso por ordem do rei Agripa I, encaminhado à Roma durante o reinado de Nero, onde passou a viver. Ali fundou e presidiu à comunidade cristã, base da Igreja Católica Romana e, por isso, segundo a tradição, foi executado por ordem do imperador, no mesmo ano de Paulo e pelo mesmo motivo, mas em ocasiões diferentes. Conta-se, também, que pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por se julgar indigno de morrer na mesma posição de Cristo. Seu túmulo se encontra sob a catedral de S. Pedro, no Vaticano, e é autenticado por muitos historiadores. É festejado no dia 29 de junho, um dia de importantes manifestações folclóricas, principalmente no Nordeste brasileiro.



André, irmão de Pedro

Apóstolo André 
André apóstolo, o "pescador de Homens" (~ 5 a. C. - 100)
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galileia, também conhecido como o Afável foi escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro mais importantes, junto com Pedro, João e Tiago, sendo seu nome mencionado explicitamente três vezes: por ocasião do discurso sobre a consumação dos tempos de Jesus, na primeira multiplicação dos pães e dos peixes e quando, juntamente com Filipe, apresentou ao mestre alguns gentios. Também pescador em Cafarnaum, foi o primeiro a receber de Cristo o título de Pescador de Homens e, portanto, o primeiro a recrutar novos discípulos para o Mestre. Filho de Jonas tornou-se discípulo do João Batista, cujo testemunho o levou juntamente com João Evangelista a seguirem Jesus e convencer seu irmão mais velho, Simão Pedro a segui-los. Desde aquele momento os dois irmãos tornaram-se discípulos do Senhor e deixaram tudo para segui-lo. No começo da vida pública de Jesus ocuparam a mesma casa em Cafarnaum. Segundo as Escrituras esteve sempre próximo ao mestre durante sua vida pública. Estava presente na Última Ceia, viu o Senhor Ressuscitado, testemunhou a Ascensão, recebeu graças e dons no primeiro Pentecostes e ajudou, entre grandes ameaças e perseguições, a estabelecer a Fé na Palestina, passando provavelmente por Cítia, Épiro, Acaia e Hélade. Para Nicéforo ele pregou na Capadócia, Galácia e Bitínia, e esteve em Bizâncio, onde determinou a fundação da Igreja local e apontou São Eustáquio como primeiro bispo. Finalmente esteve na Trácia, Macedônia, Tessália e Acaia. Foi na Grécia, segundo a tradição, durante o reinado de Trajano, que foi crucificado em Patros da Acaia, cidade na qual havia sido eleito bispo, por ordem do procônsul romano Egéias. Atado, não pregado, a uma cruz em forma de X, que ficou conhecida como a cruz de Santo André, embora que a evidência generalizada deste tipo de martírio não seja anterior ao século catorze. Suas relíquias foram transferidas de Patros para Constantinopla (356) e depositadas na igreja dos Apóstolos (357), tornando-se padroeiro desta cidade. Quando Constantinopla foi invadida pelos franceses no início do século treze, o Cardeal Pedro de Cápua trouxe as relíquias à Itália e as colocou na catedral de Amalfi. Anos mais tarde, decidiram levar seus restos mortais para a Escócia, onde fora escolhido padroeiro, mas o navio que os transportava naufragou em uma baía que, por esta ocorrência, passou a ser denominada de Baía de Santo André. É honrado como padroeiro da Rússia e Escócia e no calendário católico é comemorado no dia 30 de novembro, data de seu martírio.


Tiago, filho de Zebedeu

Apóstolo Tiago MAIOR(~ 5 a. C. - 44) 
Apóstolo de Jesus Cristo nascido em Betsaida da Galileia, escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento é sempre citado entre os quatro primeiros junto com Pedro, André e seu irmão mais novo João. Aportuguesado para Santiago, significando a junção dos termos São + Tiago, também é conhecido como o Apóstolo Ambicioso. Também pescador e filho de Zebedeu e de Salomé, estava com o irmão nas margens do lago Genesaré, quando Jesus os chamou. Testemunhou a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5,37), a transfiguração (Mc 9,2-13) e a agonia de Jesus no horto do Getsêmani (Mc 14,32). De acordo com Isidoro de Sevilha, em De vita et obitu Sanctorum (71, Vida e morte dos Santos), após a ascensão de Jesus, teria evangelizado a Espanha, tornando-se seu primeiro evangelizador e depois seu patrono. Para revigorar esta tradição, no século IX o bispo Teodomiro, da cidade de Iria, afirmou ter reencontrado as relíquias do apóstolo e desde aquela época, a cidade que depois mudaria o nome para Santiago de Compostela, tornou-se importante meta de peregrinações, especialmente durante a Idade Média. Conta-se também que após a morte de Jesus, permaneceu em Jerusalém com Pedro. Foi preso juntamente com Pedro, e decapitado por ordem do rei Herodes Agripa (At 12,2), depois da execução de Estêvão (35), diácono grego e exaltado pregador cristão e personagem de grande importância na história de Paulo de Tarso. Foi, portanto, o primeiro mártir entre os apóstolos de Cristo, o primeiro a dar a vida pela Fé. Sua festa votiva é em 25 de julho.



João, irmão de Tiago
Apóstolo João 
João Evangelista, o apóstolo "bem-amado" (~ 8 - 99) 
Um dos 12 e o mais jovem das apóstolos de Cristo e nascido em Batsaida, na Galiléia, autor do quarto evangelho e conhecido como o discípulo que Jesus amava, o único apóstolo que acompanhou Cristo até a morte na cruz, ao lado de Nossa Senhora, ocasião em que lhe foi confiada a tarefa de cuidar de Maria, a mãe de Jesus. Filho do também pescador Zebedeu e de Salomé, uma das mulheres que auxiliavam os discípulos de Jesus, juntamente com o irmão mais velho, Tiago o Maior, trabalhava também como pescador no lago de Genezaré, quando foi convidado a seguir Jesus, logo depois de Pedro e André. Com seu irmão, juntamente com Pedro e André, foram os discípulos privilegiados e participaram do círculo mais íntimo junto a Jesus. Presenciaram a ressurreição da filha de Jairo, a transfiguração de Jesus na montanha e sua angústia no Getsêmani. Os dois foram os únicos apóstolos que ousaram pedir a Cristo que lhes fosse dado sentar um à direita, outro à esquerda. Da resposta de Jesus "do cálice que eu beber, vós bebereis" deriva a suposição de que os dois se distinguiriam dos demais pelo martírio.
Viveu ainda mais de 70 anos depois da morte de Jesus Cristo. Esteve em Jerusalém (37) e depois por ocasião do Concílio dos Apóstolos, que se realizou em Antioquia. Após as perseguições sofridas em Jerusalém, transferiu-se com Pedro para a Samaria, onde desenvolveu uma intensa evangelização. Mudou-se para Éfeso (67), onde viveu o resto de sua vida, morreu e foi sepultado. A partir dessa cidade, dirigiu muitas Igrejas da província da Ásia e foi ali escreveu o Quarto Evangelho, o último dos Evangelhos canônicos, e as Epístolas, três cartas aos cristãos em geral. De acordo com os Atos dos Apóstolos, quando acompanhou Pedro na catequese dos Samaritanos, com ele foi convencido por Paulo a desistir da imposição de práticas judaicas aos neófitos cristãos. Durante o governo de Domiciano (81-96), foi exilado (93-97) na ilha de Patmos, no mar Egeu, onde escreveu o Livro do Apocalipse ou Revelação, que é o derradeiro livro da Bíblia, e narrou as suas visões e descreveu mistérios, predizendo as atribulações da Igreja e o seu triunfo final. O seu evangelho difere dos outros três que são chamados sinóticos ou semelhantes, pois a sua narrativa enfoca mais o aspecto espiritual de Jesus, ou seja, a vida e a obra do Mestre com base no mistério da encarnação: o verbo feito carne e veio dar a vida aos homens. Foi o apóstolo da elevação espiritual, mais inclinado à contemplação que à ação. De acordo com Clemente de Alexandria, ordenou bispos em Efésios e outras províncias da Ásia Menor. Ireneu afirmou que os bispos Policarpo e Papias foram seus discípulos. Os primeiros fragmentos dos escritos Joanitas foram encontrados em papiros no Egito datando de princípios do segundo século, e muitas escolas acreditam que ele tenha visitado estas áreas. Aparece representado por Michelângelo na cúpula da Basílica São Pedro, em Roma, pela imagem da águia. Santo na Igreja Católica, sua festa votiva é no dia 27 de dezembro.



Filipe

Apóstolo Felipe 
Filipe, o apóstolo místico ( 8 - 95 )
Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Betsaida, na Galileia, segundo os evangelistas Mateus, Marcos e Lucas. Perdeu o pai exatamente na ocasião em que conheceu o Divino Mestre e tornou-se o quinto apóstolo na hierarquia de Cristo. Esteve presente na multiplicação dos pães e na última ceia (Jo 1,43-45; 6,5-7; 12,20-22; 14,8). Após a morte de Jesus viajou ao Egito, Etiópia (África) e ao Norte, e depois rumou para a Grécia onde viveu em Hierápolis com suas quatro filhas, que eram profetizas. Duas delas tornaram-se muito respeitadas por suas previsões. Era um judeu helenístico e, antes de mais nada, um evangelista para as sinagogas judaicas de língua grega da Cítia, Frígia e dos arredores da Grécia e Macedônia. No Evangelho de João aparece como grande amigo do apóstolo Bartolomeu e cita que ele ficou profundamente impressionado sobre o mistério da Trindade relatado por Jesus, durante a última ceia. O resto de sua vida não consta em nenhum relato, assim como a sua morte. Consta que em sua mensagem preservava um belo misticismo baseado na santidade do casamento. Ordenou vários bispos entre os gregos e as suas igrejas desenvolviam sete sacramentos cuja mais alta iniciação era o Mistério da Câmara Nupcial, na qual a imagem ou Yetzer de Deus, que habitava no coração do discípulo, era reunido ao anjo ou alma ressuscitada. Portanto, ao contrário da pregação de outros apóstolos, em seu evangelho não havia ênfase na abstinência sexual ou abstenção do casamento. Conta uma tradição que ele morreu crucificado de cabeça para baixo, aos 87 anos, em Gerápolis, no tempo do imperador Domiciano. As suas relíquias teriam sido transportadas a Roma e colocadas juntas com as de São Tiago Menor, na igreja dos santos Apóstolos. Este seria o motivo pelo qual a Igreja latina festeja os dois apóstolos no mesmo dia. Sua festa votiva é em primeiro de maio.


Bartolomeu

Apóstolo Bartolomeu 
Bartolomeu, o apóstolo viajante ( Século I ) 
Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Caná, a 14 quilômetros de Nazaré, na Galileia, e que foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo Filipe, sob uma figueira. Filho de Tholmai e também conhecido como Natanael, assim como Tomé, era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria e por algum tempo na Grécia, com Filipe, especialmente na Frígia. Além dos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, os Atos referem-se a ele como um dos Doze. Porém de suas atividades apostólicas não há notícias certas. Uma tradição diz que ele trazia consigo o Evangelho Herético de Matias, escrito em hebraico, e o perdeu. As poucas anotações que restaram da era sub-apostólica e patrística indicam que este evangelho judeu era bastante diferente dos evangelhos gregos gentis de Mateus, Marcos, Lucas e João, assim como eram os tão chamados evangelhos judaico-cristãos heréticos dos Nazarenos, Ebionitas e Hebreus, dos quais só restaram fragmentos. Diferentemente dos evangelhos gentis, estas tradições consideravam o Espírito Santo como a Divina Mãe de Cristo e não adoravam Jesus como uma divindade, mas como um irmão mais velho e líder da comunidade dos santos de Deus Muitas de suas obras são conhecidas através de traduções como O Evangelho de Bartolomeu, Pregação de São Bartolomeu no Oásis e a Pregação de Santo André e São Bartolomeu. Uma antiga tradição armênia afirma que ele foi para a Índia e lá pregou àquele povo a verdade do Senhor segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, a sua esposa e muitos outros homens, em mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a sua pele e depois decapitá-lo. Sua festa votiva é em 24 de agosto.



Tomé
Apóstolo Tomé 
São Tomé, também chamado Dídimo, o apóstolo do ascetismo (~ 3 - 53) 
Um dos doze apóstolos de Jesus e israelita de nascimento e mais um pertencia a uma família de pescadores, que ausente no momento em que o Cristo reapareceu aos discípulos, exigiu destes provas materiais da ressurreição do Mestre e, por isso, Jesus ressurgiu e pediu-lhe que tocasse suas chagas. Carpinteiro de origem e frequentemente citado em passagens do Novo Testamento, nos quatro evangelhos. O Evangelho de João dá-lhe grande destaque. Em 11,16, cita que ele incitou os discípulos a seguir Jesus e a morrer com ele na Judeia dizendo então aos discípulos: Vamos também nós, para morrermos com ele! Foi ele que perguntou a Jesus, durante a Última Ceia, sobre o caminho que conduz ao Pai: Senhor, não sabemos para onde vais. Como podemos conhecer o caminho? Diz-lhe Jesus: Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai a não ser por mim (João 14,5-6). Temperamento audacioso e cheio de generosidade, percorreu as etapas da fé e professou que Jesus era realmente Deus e Senhor. Ausente na primeira aparição duvidou dos colegas que Jesus tinha voltado. Oito dias depois, achavam-se os discípulos, de novo, dentro de casa, e o ascetista estava com eles. Jesus veio, estando as portas fechadas, pôs-se no meio deles e disse: A paz esteja convosco!. E lhe disse depois: Põe teu dedo aqui e vê minhas mãos! Estende tua mão e põe-na no meu lado e não sejas incrédulo, mas crê! O apóstolo incrédulo respondeu Meu Senhor e meu Deus! (João 20,26-28), tornando-se o primeiro dos apóstolos a se dirigir a Jesus nestes termos. Ninguém até aquele momento, nem mesmo Pedro e João, havia pronunciado a palavra Deus dirigindo-se a Jesus. Também chamado Dídimo ou Gêmeo (seu nome, tanto em aramaico Te'oma como em grego Didymos significa gêmeo) era o terceiro apóstolo em idade depois de Pedro, mas ao contrário deste não era casado, assim como Bartolomeu, André, Simão, Judas e o próprio Jesus. Segundo as escrituras foi em resposta a ele que Jesus introduziu o mistério trinitário: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por mim. Se vocês me conhecem, conhecerão também meu Pai...". Segundo o bispo Eusébio de Cesaréia, do século IV, depois da morte de Jesus, o discípulo evangelizou a Pártia e, pela a tradição cristã posterior, estendeu seu apostolado à Pérsia e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé. Consta que foi martirizado e morto (53) pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, onde ficam o monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento. Historiadores acreditam que o apóstolo foi morto alvejado por lanças, quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente fiel que Jesus lhe pediu. Suas relíquias seriam venerados na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália. É festejado pelos católicos em 3 de julho.
Mateus, o publicano
Apóstolo Mateus 
Levi Mateus, o primeiro evangelista (~0 - ~50)
Um dos doze apóstolo de Cristo e escritor do primeiro dos três evangelhos sinóticos, que tem sido o mais utilizado pela igreja. Em hebraico o mesmo que Matias ou Matatias, significando presente (mathath) de Javé (Iah) ou dom de Deus, de acordo com o seu próprio Evangelho, seu nome original era Levi, filho de Alfeu, e foi chamado por Jesus junto ao mar da Galileia, em Cafarnaum, quando trabalhava como publicano a serviço de Herodes Antipas. Era fariseu e publicano, ou seja, cobrador de impostos, justamente a classe muito odiada na época de Jesus, por cobrarem encargos dos judeus para serem entregues às autoridades romanas. A sua presença no grupo de apóstolos indicava que Jesus buscava salvação de todos, independente de origem, trajetória, família etc. E ele aproveitou a oportunidade e transformou-se em um discípulo fiel, preocupado em demonstrar os judeus que seu Mestre, descendente da tribo de Davi, era o Messias esperado. Apesar de sua profissão anterior de coletor de impostos, foi Judas Iscariotes, porém, que teve o encargo de caixa da pequena comunidade apostólica. Embora conste da relação dos apóstolos, geralmente ao lado de Tomé, o Novo Testamento oferece informação escassa e incerta sobre ele. Da sua atividade após o Pentecostes, conhece-se somente as admiráveis páginas do seu evangelho, primitivamente redigido em aramaico. Denominado de primeiro evangelho, nele há mais ênfase ao aspecto humano e genealógico de Jesus. Fora do Evangelho, segundo Eusébio de Cesaréiaem sua Historia ecclesiae, a História da igreja, a única referência histórica a seu respeito é uma citação do bispo Papias de Hierápolis, do século II. Também não se conhecem versões conclusivas sobre sua morte, embora fontes menos críveis, referenciam narrações dos sofrimentos e do seu martírio, apedrejado, queimado e decapitado na Etiópia, de onde as relíquias do santo teriam sido transportadas para Paestum. Depois, essas relíquias foram levadas para a cidade italiana de Salerno (1080), onde até hoje se encontram e sejam consideradas pelos mais crentes como verdadeiramente do santo. Apóstolo e evangelista, pela tradição ele pregou pela Judéia, Etiópia e Pérsia e a igreja romana celebra sua festa em 21 de setembro, e a grega em 16 de novembro e seu símbolo como evangelista é um anjo. 


OBS.: Os outros evangelhos sinóticos são os de Marcos e o de Lucas. Os três Evangelhos são assim chamados porque permitem uma vista de conjunto, dada a semelhança de suas versões e apresentam Jesus como uma personagem humana destacando-se dos comuns pelas suas ações milagrosas. O Quarto Evangelho, o de João, , o de João, descreve um Jesus como um Messias com um caráter divino, que traz a redenção absoluta ao mundo, relatando a história de Jesus de um modo substancialmente diferente, pelo que não se enquadra nos sinópticos. Em bom português sinóptico vem do grego synoptikós, que significa de um só golpe de vista entender várias coisas. Relativo a sinopse; que tem forma de sinopse; resumido.


Tiago, filho de Alfeu
Apóstolo Tiago
São Tiago apóstolo, o menor (~ 0 - 62) 
Apóstolo de Cristo nascido em Nazaré, primo de Jesus e irmão de Judas Tadeu, também conhecido como o Desconhecido, que o evangelista Marcos chamou de o Menor para distingui-lo de Tiago, irmão de João, entra em cena como bispo de Jerusalém, após o martírio de Tiago, o Maior (42), e após o afastamento de Pedro de Jerusalém. Agricultor, era filho de Alfeu, um irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de Maria Santíssima. Tornou-se um membro altamente respeitado da recém-nascida comunidade cristã em Jerusalém e é considerado o primeiro bispo de Jerusalém, cuja igreja dirigiu por cerca de vinte anos (42-62). Também chamado de o Justo pelos primeiros cristãos devido à sua grande piedade, sua imagem austera sobressai pela Epístola que dirigiu, como uma encíclica, a todas as comunidades cristãs. Pertencem a ele as tradições Judaico-Cristã preservadas no Evangelho dos Ebionitas, Evangelho dos Hebreus, Elevações de Tiago, na última Epístola Canônica de Tiago e possivelmente em outras obras associadas a seu nome como o Protevangelium, embora haja dúvidas sobre isso. A sua epístola (carta dos Apóstolos e comunidades cristãs primitivas) apresenta autênticos ensinamentos preservados na tradição apostólica oral, com fortes expressões de admoestações e cujo texto continua atualíssimo. Foi um observador da normas judaicas, defendendo que estas normas deveriam fazer parte do Cristianismo. Com isso, tornou-se adversário de Paulo de Tarso nesta questão, mas também foi conciliador e um pregador fervoroso do ensino de Jesus. Seus ensinamentos deram origem à sucessão apostólica Cristã-Judaica de Jerusalém, que contribuiu para a sucessão Síria, Jacobita, Armênia e Georgiana. A sua Liturgia, que se assemelha àquela do Bispo Cyril de Jerusalém (386), parece ser um desenvolvimento de 5 séculos através das tradições apostólicas de Jerusalém e é ainda usada por certos ramos da ortodoxia. Durante a perseguição dos cristãos na Palestina, segundo o historiadores Hegesipo, Clemente de Alexandria e o hebreu Flavius Josephus, o apóstolo teria sido condenado por se recusar a denunciar os cristãos, sendo apedrejado até a morte, por ordem do corpo religioso do Templo, dirigido pelo sumo sacerdote Ananias. Tem sua festa votiva em primeiro de maio.



Tadeu
Apóstolo Judas Tadeu 

Judas Tadeu, o apóstolo dos angustiados ( ~ 10 a. C. - 70 ) 
Apóstolo de Cristo nascido em Caná de Galileia, na Palestina, era primo-irmão de Jesus e irmão de Tiago o Menor, que na última ceia, perguntou ao seu mestre: Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao mundo? Agricultor, era filho de Alfeu ou Cleofas, um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús no dia da ressurreição e irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de Maria Santíssima, uma das piedosas mulheres que tinham seguido a Jesus desde a Galileia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima. Tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém. José, apenas conhecido como o Justo. Simão foi o segundo bispo de Jerusalém, após Tiago. E Maria Salomé, a única irmã, foi mãe dos apóstolos Tiago o Maior e João Evangelista. Também chamado Lebeu Tadeu, é um dos doze


citados nominalmente por Mateus e Marcos, em seus Evangelhos, e um dos mais fervorosos do grupo. Conforme os textos apócrifos, teria sido o esposo nas bodas de Caná, e isto explica a presença de Maria e de Jesus naquela realização. Depois da ascensão de Jesus e que os Apóstolos receberam o Espírito Santo (1), no Cenáculo em Jerusalém, iniciou a pregação de sua fé no meio dos maiores sofrimentos e perseguições, pela Galileia. Depois viajou para a Samaria e outras populações judaicas divulgando o Evangelho. Tomou parte no primeiro Concílio de Jerusalém (50) e em seguida passou evangelizando pela Mesopotâmia, atual Pérsia, Edessa, Arábia e Síria. Parece claro que destacou-se principalmente na Armênia, Síria e Norte da Pérsia (43-66), sendo o primeiro a manifestar apoio ao rei estrangeiro, Algar de Edessa. Na Mesopotâmia ganhou a companhia de outro apóstolo, Simão o Zelota, aparentemente viajando em companhia de quinto Apóstolo a ir ao Oriente. Segundo relata São Jerônimo, ambos foram martirizados cruelmente quando estavam na Pérsia, mortos a golpes de machado (70), desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusarem a prestar culto à deusa Diana. Assim, na igreja ocidental, os dois santos são celebrados juntos em 28 de outubro. A Igreja Ortodoxa Grega, contudo, distingue Judas de Tadeu, celebrando Judas, "irmão" de Jesus, em 19 de junho, e o apóstolo Tadeu em 21 de agosto. É invocado como advogado das causas desesperadas e dos supremos momentos de angústia. Essa devoção surgiu na França e na Alemanha no fim do século XVIII. No Brasil, a devoção a esse santo é muito popular e surgiu no início do século XX. Devido à forma como foi martirizado, sempre é representado em suas imagens/estátuas segurando um livro, simbolizando a palavra que anunciou, e uma machadinha, o instrumento de seu martírio. Suas relíquias atualmente são veneradas na Basílica de São Pedro, em Roma. Sua festa litúrgica celebra-se, todos os anos, na provável data de sua morte: 28 de outubro de 70. 


(1) Pentecostes: o Espírito Santo desce sobre os discípulos em Jerusalém. Os Atos dos Apóstolos relatam que, cinquenta dias após a Páscoa da ressurreição, no dia de Pentecostes, os discípulos estão reunidos em uma sala em Jerusalém e ali recebem o Espírito Santo, que os impeliu a pregar aos judeus provenientes de muitas nações. Para grande admiração, os discípulos são compreendidos nas várias línguas maternas dos presentes. Vários povos são citados: partos, medos, elamitas e habitantes da Mesopotâmia, Judeia, Capadócia, do Ponto e da Ásia, da Frígia e da Panfília, da Líbia, de Roma, Creta e da Arábia. A partir desse momento, a Igreja primitiva começa a sua obra missionária de evangelização do mundo.

Simão, o Zelote
Apóstolo Simão 
Simão apóstolo, o zelota ou o cananeu ( ~13 a. C. - 107) 
Apóstolo de Jesus Cristo nascido na Galileia, escolhido para ser um dos Doze, e nas várias listas dos Apóstolos dadas no Novo Testamento, é o mais desconhecido dos apóstolos. Nas listas dos 12 apóstolos, seu nome aparece em décimo primeiro lugar e, a seu respeito, a Sagrada Escritura conserva somente o nome, derivado de Simeão e significa Ouvido de Deus. Para distingui-lo de Pedro, que também se chamava Simão, os evangelistas Mateus e Marcos lhe deram o sobrenome de Zelote (Lc 6:15) ou Cananeu. Os zelotes eram os patriotas de Israel, lutadores pela pátria, que desejavam a imediata libertação política e religiosa de Israel. Alguns estudiosos acreditam que Cananeu deriva de Canaã, a terra de Israel. Esse apelido pode significar tanto a cidade de origem, como a sua participação na seita ultra-nacionalista e não religiosa chamada de Os Zelotes, ou zeladores, conservadores das tradições hebraicas que lutavam para a libertação de Israel dos Romanos. Como os outros apóstolos, também percorreu os caminhos da Palestina pregando o Evangelho. Da mesma forma que Felipe, parece ter ido primeiro ao Egito, seguindo a tradição sinóptica de que Jesus enviava seus discípulos aos pares. No entanto, parece ter voltado através da África do Norte, Espanha e Bretanha, chegando à Ásia Menor. Deste ponto pode ter viajado com Judas pela Mesopotâmia e Síria, juntado-se à outros Apóstolos orientais na Pérsia. Segundo uma notícia de Egésipo, o apóstolo teria sofrido o martírio durante o império de Trajano, contando já com a avançada idade de 120 anos. Sua festa votiva é celebrada juntamente com a de Judas Tadeu em 28 de outubro.

Judas Iscariotes, que foi quem o traiu
Apóstolo Judas Iscariotes

Judas Iscariotes, o apóstolo da traição (~ 0 - 30 d. C.) 
Um dos 12 apóstolos de Jesus Cristo, nascido em Kerioth, localidade da Judéia, foi o que traiu Cristo e cuja traição deu origem a expressão beijo de Judas que passou a significar a traição. Único que não era galileu, era filho de Simão de Queriote (Jo 6, 71; 13, 26), sendo seu nome uma helenização do nome hebraico Judá. Por isso alguns estudiosos entendem que o nome Judas foi diabolizado no Novo Testamento, com a intenção de agredir o povo judeu, como sendo responsáveis morais pela morte de Cristo. Durante muito tempo, a Igreja Católica associou a sua figura ao povo judeu por não terem aceitado Cristo como o prometido Messias e esta convicção tornou-se uma das justificativas antissemitistas. Segundo as tradições foi um dos primeiros a juntar-se a Cristo e provavelmente por isso e por ser um dos poucos instruídos, tomou-se o tesoureiro dos Apóstolos, ou seja, foi designado para cuidar do dinheiro comum. Por causa de seu amor ao dinheiro, também foi enganado pelos sacerdotes que o induziram a mostrar onde estava Jesus a troco de 30 moedas de prata, que naquele tempo correspondia ao preço de um escravo, prometendo que só o prenderiam durante as festividades da Páscoa Judaica. Depois da última ceia, Jesus foi orar com os apóstolos no jardim de Getsêmani. Aproximava-se da meia-noite, quando por entre os arvoredos do Getsêmani, ele chegou acompanhado por um destacamento da guarda romana e grande multidão de pessoas, com espadas, paus, lanternas e archotes, vindos por ordem do Sumo Sacerdote José Ben Caifás, para prender Jesus. O traidor conhecia muito bem os lugares onde O Salvador gostava de ficar e foi fácil localizá-lo. Conforme o combinado, em troca de trinta moedas de prata, identificou-o para os soldados romanos, beijando-o e chamando-o de mestre. Imediatamente preso os soldados levaram Jesus para a casa de Caifás, onde também se encontrava Anás, seu sogro e diversos outros sacerdotes. Lá mesmo, improvisaram uma sessão extraordinária do Conselho, o que habitualmente era realizado pela manhã no Templo, com a presença de todos os membros. Conta Mateus (27:3-10), que ele se arrependeu amargamente depois que viu a crucificação de Jesus, jogou as 30 moedas aos pés dos sacerdotes e em seguida, dominado pelo remorso, suicidou-se enforcando-se numa figueira. Também segundo a tradição, os sacerdotes pegaram o dinheiro e compraram um terreno para servir de cemitério aos estrangeiros, sendo posteriormente chamado de Campo do Sangue. No folclore brasileiro é tradição a malhação de Judas no sábado de aleluia: um boneco de palha, é enforcado em um poste ou galhos de árvores e depois de derrubado a tiros é estraçalhado ou queimado pelo povo.





Creio que após estudarmos um pouco sobre a vida dos apóstolos, podemos aprender o quanto eram pessoas com muitas falhas na maneira de viver, em suas personalidades, como eram homens arrogantes, brabos, com espírito de dúvida muitas vezes. Observamos que durante o período em que Jesus ensinava entre os homens, muitas vezes eles entediam menos do que outras pessoas. Apesar de todas as suas falhas e problemas, após receberem o Espírito Santo, vemos que atuavam em um único objetivo, coesos, unidos e, já então com suas deficiências aperfeiçoadas em Cristo, pregavam o evangelho por toda a Terra. O que mais me impressiona é o fato de amarem tanto a Palavra, que levavam a mensagem de salvação sem temer a morte. As maneiras em que foram mortos, as dificuldades que enfrentaram, faz-me parar para analisar o quanto eu seria capaz de enfrentar e passar por amor à obra de Deus. Eles enfrentaram as mortes mais esdrúxulas, impostas, pelos que amavam assim fazer, com os que ameaçavam suas vidas extravagantes. Porém eles foram importantíssimos para que o evangelho se espalhasse de forma organizada, orientada, dentro dos padrões por Cristo ensinados. Então eu te pergunto, o quanto você ama a Cristo? O que você é capaz de enfrentar por amor à Palavra de Deus? Que assim como João esteve na ilha de Patmos preso por pregar a Palavra, que cada um de nós tenhamos a convicção de que quando estamos no centro da vontade de Deus, mesmo numa ilha aprisionado, mesmo num deserto, saibamos que Deus tem coisas maravilhosas e profundas para nos revelar, assim como foi com João.

Última Ceia, reprodução da tela de por Leonardo da Vinci exposta no 
refeitório do Mosteiro da Nossa Senhora da Graça, em Milão, Itália. 
Da esquerda para a direita, segundo o autor, tem-se: 
Bartolomeu, Tiago Maior e André; 
Judas Iscariotes (mais a frente), Pedro e João, 
Cristo, ao Centro; 
Tomé, Tiago (o Jovem) e Filipe; 
Mateus, Judas Tadeu ,Simão

Lucas 22-7-30 Pág. 1378 Ave Maria


A ÚLTIMA CEIA

Raiou o dia dos pães sem fermento, em que se devia imolar a Páscoa.
Jesus enviou Pedro e João, dizendo: Ide e preparai-nos a ceia da Páscoa.
Perguntaram-lhe eles: Onde queres que a preparemos?
Ele respondeu: Ao entrardes na cidade, encontrareis um homem carregando uma bilha de água; segui-o até a casa em que ele entrar, e direis ao dono da casa: O Mestre pergunta-te: Onde está a sala em que comerei a Páscoa com os meus discípulos?
Ele vos mostrará no andar superior uma grande sala mobiliada, e ali fazei os preparativos.
Foram, pois, e acharam tudo como Jesus lhes dissera; e prepararam a Páscoa.
Chegada que foi a hora, Jesus pôs-se à mesa, e com ele os apóstolos.
Disse-lhes: Tenho desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer.
Pois vos digo: não tornarei a comê-la, até que ela se cumpra no Reino de Deus.
Pegando o cálice, deu graças e disse: Tomai este cálice e distribui-o entre vós.
Pois vos digo: já não tornarei a beber do fruto da videira, até que venha o Reino de Deus.
Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim.
Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: Este cálice é a Nova Aliança em meu sangue, que é derramado por vós...
Entretanto, eis que a mão de quem me trai está à mesa comigo.
O Filho do Homem vai, segundo o que está determinado, mas ai daquele homem por quem ele é traído!
Perguntavam então os discípulos entre si quem deles seria o que tal haveria de fazer.
Surgiu também entre eles uma discussão: qual deles seria o maior.
E Jesus disse-lhes: Os reis dos pagãos dominam como senhores, e os que exercem sobre eles autoridade chamam-se benfeitores.
Que não seja assim entre vós; mas o que entre vós é o maior, torne-se como o último; e o que governa seja como o servo.
Pois qual é o maior: o que está sentado à mesa ou o que serve? Não é aquele que está sentado à mesa? Todavia, eu estou no meio de vós, como aquele que serve.
E vós tendes permanecido comigo nas minhas provações; eu, pois, disponho do Reino a vosso favor, assim como meu Pai o dispôs a meu favor, para que comais e bebais à minha mesa no meu Reino e vos senteis em tronos, para julgar as doze tribos de Israel.



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