LOURDES, A CURA E A CONFIANÇA
Todos ouviram falar de Lourdes, na França, o santuário famoso onde se curam doentes.
Descem trens inteiros com doentes.
Vêm famílias, amigos juntos e carregam os doentes até a gruta.
Chegam ao Bureau de exame médico, fazem exame para ver se estão doentes mesmo.
Alguns são doentes imaginários e outros são doentes mesmo.
Mas todos eles podem tomar o banho na água da Gruta que Nossa Senhora pediu.
Vamos dizer que, em cada dez mil que tomam banho naquela água, um se cura.
Que certeza tem a pessoa que é ela que vai se curar?
Provável não é, porque uma porção não se cura.
Depois há o seguinte: às vezes, na hora de entrar na água, a pessoa que entra recebe um chamado interior:
“Meu filho, você seria curado agora. Quer continuar doente, para que a cura seja dada a outro, a quem Eu quero curar?”
É muito bonito, mas o indivíduo não foi a Lourdes para que outro fosse curado.
Ele foi à Lourdes para curar a si próprio. Se a graça pede, ele concorda, e é outro que é curado, que ele não sabe quem é.
É uma coisa linda. Que certeza a pessoa tem, depois que desceu do trem e está na gruta, perto da água, que na hora de imergir a graça não vai pedir: “Desista da tua cura”?
Para se ter certeza de que vai ser o curado, é preciso ter um movimento interior da graça – a graça confiança é isso.
Caso contrário, não tem razão.
Acreditar como? De onde vem essa certeza? Vem do mundo da lua? Não pode ser.
A Igreja é sede de sabedoria, não pode pedir às pessoas um ato de convicção numa coisa que não tem razão para estar convicto.
Mas vem uma moção da graça que diz interiormente: “Meu filho é você!”
E a gente acredita nesse movimento da graça. E porque a gente aceita esse movimento, a gente crê. Essa é a confiança.
Se a pessoa duvidar, aquela promessa interior não se realiza.
Mas, se não duvidar, merece a realização da promessa interior.
Por: Luis Dufaur
Fonte: Lourdes e suas Aparições
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