QUE OS SINOS TAMBÉM RECEBEM O “BATISMO”?

Discordam os historiadores sobre a data precisa da invenção do sino. Consta que já eram fabricados na China por volta do ano 2260 a.C. Também os houve no Egito e em Roma, onde eram chamados de tintinabula e usados com diversas finalidades. Serviam-se deles os cristãos da Igreja primitiva para convocar suas assembleias? É provável que sim, mas a primeira referência escrita da utilização desses sonoros instrumentos com fins religiosos aparece no ano 515, numa carta enviada por um diácono da Diocese de Cartago.

Por servir de sinal para a hora das assembleias, São Cesário de Arles (470-543) deu-lhe o nome de signum, donde proveio o vocábulo português sino. É denominado também campana, termo derivado do célebre bronze da Campagna Romana, usado em sua fabricação.

De tal modo os sinos se entranharam na vida da Igreja que logo surgiu um costume muito peculiar: o “batismo” dos sinos. Em certas igrejas, antes de serem instalados, um presbítero os aspergia com água benta, abençoava-os e dava-lhes um nome que muitas vezes era gravado no metal. Assim, o sineiro memorizava facilmente a sequência dos toques de Pedro, Tomé ou Tiago, adequada para chamar os fiéis à Missa, que era distinta da usada para outras finalidades.

A partir do século XVI, o “batismo” dos sinos generalizou-se e sua bênção ficou reservada ao Bispo diocesano ou algum eclesiástico por ele designado para tal. E começou-se a gravar sobre o bronze não só o nome do sino, mas também de quem o “batizava”, dos “pais” que o fundiram, dos “padrinhos” (isto é, dos doadores) e, finalmente, a data da cerimônia de “batismo”. (Revista Arautos do Evangelho, Abril/2015, n. 160, pp. 25)

Fonte: Arautos do Evangelho

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