O GRANDE MOMENTO HISTÓRICO DE LOURDES

O retorno do filho pródigo. Rembrandt Harmensz van Rijn (1606 – 1669). Museu do Ermitage, São Petersburgo.

Foi por certo um grande momento aquele em que o espírito embota do Dpelo vício do filho pródigo adquiriu nova lucidez, e sua vontade novo vigor, na meditação da situação miserável em que caíra, e da torpeza de todos os erros que o haviam conduzido para fora da casa paterna.
Tocado pela graça, encontrou-se, com mais clareza do que nunca, diante da grande alternativa. Ou arrepender-se e voltar, ou perseverar no erro e aceitar até o mais trágico final as suas consequências.
Tudo quanto uma educação reta nele implantara de bom, como que renasceu maravilhosamente nesse instante providencial.
Enquanto, de outro lado, a tirania dos maus hábitos nele se afirmava quiçá mais terrível do que nunca.
Deu-se o embate interno. Ele escolheu o bem. E o resto da história, pelo Evangelho o conhecemos.
Olhando para Nossa Senhora de Lourdes e considerando o estado deplorável da humanidade, uma pergunta assalta nosso espírito: o mundo não estará se aproximando de um momento semelhante?

De um lado há o torrente de pecado. Dispensa comentário.
De outro lado, estão todas as graças acumuladas para a humanidade pecadora pelo novo surto de devoção a Nossa Senhora que a Mãe de Deus veio inaugurar em Lourdes, La Salette e Fátima.
Os dois lados rumam poderosamente em rumos opostos.

A Basílica de Lourdes na noite.

Do lado da desagregação, fluxos de imigrantes, na maioria islâmicos, penetram caoticamente pela Europa; há também os dilaceramentos da família que crescem insuflados até por altos clérigos que vão se reunir agora no Sínodo da Família em outubro.
Esses e outros lances trágicos que não faltam no Brasil e no mundo nos fazem pensar que uma crise apocalíptica parece inevitável.
Mas isso não é para inspirar desanimo, mas esperança. Esperança e confiança de que se aproxima o momento da grande conversão.
O futuro, só Deus o conhece.
A nós, homens, é lícito entretanto conjeturá-lo segundo as regras da verossimilhança.
Estamos vivendo uma terrível hora. Mas esta hora também pode ser uma admirável hora de misericórdia.
A condição para isto é que olhemos para Maria, a Estrela do Mar, que nos guia em meio às tempestades.
Durante cem anos, movida de compaixão para com a humanidade pecadora, Nossa Senhora tem alcançado para nós os mais estupendos milagres. Esta piedade se terá extinguido?
Têm fim as misericórdias de uma Mãe, e da melhor das mães? Quem ousaria afirmá-lo?
Se alguém duvidasse, Lourdes lhe serviria de admirável lição de confiança. Nossa Senhora há de nos socorrer.

Por: Luis Dufaur

Fonte: Lourdes e suas Aparições

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