SÃO FRANCISCO DE ASSIS FOI UMA ALMA DE ORAÇÃO E CONTEMPLAÇÃO…–Parte III

Conheça os frutos das Orações de São Francisco:  - Parte III

A Oração, tanto aproxima os homens de Deus, era fonte de verdadeira alegria para São Francisco.

Continuação do post: São Francisco foi uma alma de Oração e Contemplação… - Parte II

Considerava-se insignificante e queria ser considerado assim.

O seu contínuo recolhimento conferia-lhe uma plácida alegria. A sua fisionomia irradiava habitualmente uma tranquila felicidade.

Francisco fugia da tristeza com horror: ela quebra o fervor da alma; torna-a indolente e lança-a no desânimo. Considerava a tristeza maldita, como uma das tentações sutis onde se esconde a perfídia do demônio; chamava-a, com desprezo “a doença babilônica”.

Apesar do seu caráter alegre e dos dons divinos recebidos com tanta abundância, Francisco também viveu horas sombrias. Lutava, então, contra a melancolia que o invadia; para vencer esse estado de espírito, chegava a recorrer a jogos infantis.

Pegava em dois paus e simulava um violino e o seu arco; cantava com voz sonora algum cântico piedoso, fazendo-se acompanhar por este instrumento imaginário.

A vitória não se fazia esperar: a nuvem dissipava-se; o cântico expirava; Francisco entrava em êxtase.

Em Rieti, alguns meses antes da morte,

Faziam-lhe um tratamento muito doloroso aos olhos. Ele procurava resistir à dor, que às vezes se tornava agudíssima; procurava, sobretudo, afastar a tristeza que o invadia.

Pensou que um pouco de música o podia distrair; pediu, pois, ao seu companheiro que pedisse uma viola emprestada: “Será um alívio para o meu corpo atormentado de males”.

O irmão, embora excelente religioso, era um pouco acanhado de ideias. Pensou que, se se encarregasse  de uma incumbência dessas, ia escandalizar os fieis, e talvez diminuir no espírito deles o prestígio de Francisco. O Santo não insistiu.

Mas, na noite seguinte, um personagem misterioso veio dar-lhe um concerto debaixo da sua janela.

O músico tocava no seu alaúde melodias tão suaves, que Francisco pensou estar a ouvir um eco das harmonias celestes; esqueceu os sofrimentos e a sua alma, elevando-se pouco a pouca acima das misérias terrestres, acabou por se perder em Deus.

A oração passiva inclui diversos graus: eleva-se do simples recolhimento até às alturas daquele“matrimônio espiritual”, em que o contemplativo parece, na expressão de São Paulo, formar com Deus um só espírito.

“Aquele que se une ao Senhor constitui, com Ele, um só espírito”.

Da quietude ao êxtase, Francisco percorreu todas as etapas. Em breve, subiria ao mais alto cume, onde se consuma a perfeição do mistério unitivo.

Por um singular privilégio, a gloriosa transformação que a alma conhece neste último estágio da vida mística haveria de refletir-se no seu corpo: Cristo ia gravar na carne do nosso Santo os estigmas da Paixão.

Fonte: retirado do livro “São Francisco de Assis” do Rev. Pe. Thomas de Saint-Laurent.

Fonte: Associação Apostolado do Sagrado Coração de Jesus

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