O QUE NOSSA SENHORA QUER COM LOURDES -1

O que Nossa Senhora quer com Lourdes - 1


Posted: 10 Nov 2012 09:30 PM PST

Quem volta de uma peregrinação a Lourdes traz gravada no coração algo como uma reprodução da gruta de Massabielle.
Para ela voltar-se-á com saudade e confiança nas horas mais difíceis, com a certeza de ser atendido.
E basta recordar-se dessa lembrança para fazer renascer em si o desejo ao mesmo tempo inefável e irrefreável de algum dia retornar à gruta de Nossa Senhora.
O que visa Nossa Senhora, assim agindo no mais fundo das almas?
O início do Jubileu de Lourdes trouxe-nos uma luminosa resposta a esta interrogação.

Sobre Lourdes, as palavras do Legado Pontifício
Abrindo o ano jubilar de Lourdes, o Cardeal Ivan Dias, Prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Legado Papal, pronunciou uma alocução merecedora de apurada meditação.
Começou qualificando as aparições a Santa Bernadette Soubirous de “autênticas irrupções marianas na história do mundo”.
Não se trata, portanto, de aparições fechadas em si mesmas. P
elo contrário, elas se encaixam “na luta permanente e feroz entre as forças do bem e as forças do mal, desde o início da história humana, e que continuará até o final”.
Nessa imensa luta histórica, as aparições de Lourdes “marcam a entrada decisiva da Virgem no cerne das hostilidades entre Ela e o diabo, como está descrito no Gênesis e no Apocalipse”.
Referia-se o representante do Papa à realidade fundamental que marca a existência da humanidade neste vale de lágrimas. Ou seja, a luta da Santíssima Virgem e os filhos da luz seus seguidores, de um lado, contra o demônio, a serpente infernal, e seus sequazes, os filhos das trevas. O Gênesis registra-a assim: “O Senhor Deus disse à serpente: [...] Porei inimizades entre ti e a mulher, entre a tua posteridade e a sua. Ela te pisará a cabeça e tu armarás traições ao seu calcanhar” (Gen. 3, 14-15).
Soldados poloneses rezam diante da Gruta
Esta inimizade basilar está hoje longe de ter amainado, explicou o Cardeal. Pelo contrário, “é ainda mais encarniçada do que em tempos de Bernadette”. É uma autêntica batalha, que “causa inumeráveis vítimas em nossas famílias e entre nossos jovens”.
Em conseqüência dessa guerra movida pelo demônio e seus sequazes, o mundo “está sendo engolido espantosamente na voragem de um laicismo que quer criar um mundo sem Deus”.
Reproduzindo as palavras do então Cardeal Wojtyla, acrescentou que na nossa época está em curso “o maior combate que a humanidade jamais tenha visto”, isto é, a “luta final entre a Igreja e a anti-Igreja, entre o Evangelho e o anti-Evangelho”. ( )
As palavras do eminente purpurado nos trazem à mente o ensinamento fundamental do preclaro Prof. Plinio Corrêa de Oliveira sobre essa imensa guerra contra a Igreja e a Civilização Cristã, que desde o fim da Idade Média vem sendo conduzida pela Revolução gnóstica e igualitária.
Uma guerra que visa impor aos homens um mundo anárquico, visceralmente anticristão, caracterizado pela igualdade absoluta e a liberdade também absoluta em relação a toda lei, natural ou divina.
Em face de essa revolta, animada pelo espírito de Lúcifer, ergue-se a Contra-Revolução, que ele assim define lapidarmente: “Se a Revolução é a desordem, a Contra-Revolução é a restauração da Ordem. E por Ordem entendemos a paz de Cristo no reino de Cristo. Ou seja, a civilização cristã, austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, anti-igualitária e antiliberal”.

Postagens mais visitadas